Análise: Street Fighter X Tekken (X360)
O que aconteceria se juntássemos duas das maiores séries de luta em um único jogo? Certamente teríamos algo da grandiosidade de Capcom vs. SNK ou Marvel vs. Capcom. Mas, e se essas duas séries fossem completamente diferentes, como Street Fighter e Tekken? Pois é, um dos embates mais épicos de todos os tempos aconteceu. Quem diria que seria possível reunir essas duas séries sem criar um título mutante, que tenta ser tudo, mas que acaba não sendo nada? Street Fighter X Tekken foi lançado e, apesar de enfrentar um mar de concorrentes em um gênero que já está ficando (novamente) saturado, se sobressai, mostrando quem são os verdadeiros reis da luta. Ou será que não?Misturando dois universos
Verdade seja dita, Street Fighter e Tekken sempre foram duas franquias independentes e nunca concorreram entre si. O principal motivo do distanciamento entre as duas séries está na maneira como as coisas são executadas. Street Fighter nasceu nos arcades dos anos 1980 e, apesar de ter sido influenciado por outros jogos da época, foi a série que estabeleceu os principais padrões do gênero de luta, através do grandioso Street Fighter II. Tekken, por sua vez, também nasceu nos arcades, só que quase na segunda metade dos anos 1990, e pouco se aproveitou do legado de Street Fighter.

Um pouco de Street Fighter IV aqui…
Uma das primeiras coisas a se notar em Street Fighter X Tekken é que o jogo utiliza a mesma engine de Street Fighter IV. E isso é algo positivo. O visual é ótimo e bem mais polido que o do quarto jogo da série Street Fighter. Os personagens de Tekken foram bem adaptados à engine e os cenários ficaram impecáveis, sempre cheios de detalhes e easter eggs, como em (quase) todos os jogos da série da Capcom.

Assim como em Street Fighter IV, toda a ação de Street Fighter X Tekken se passa em cenários 2D. Isso significa que todos os lutadores de Tekken tiveram que se adaptar ao novo contexto. Nesse universo paralelo, a maioria dos lutadores de Tekken possui habilidades típicas de Street Fighter, como bolas de fogo e projéteis.
Além disso, houve uma redução na quantidade de habilidades e golpes para cada personagem de Tekken, para que haja um ponto de equilíbrio entre as duas séries. E para sanar o problema das dimensões, os personagens de ambos os times podem se desviar dos golpes, assim como fariam se pudessem se mover para os lados.
… e de Tekken Tag Tournament ali
E por que não pegar algo emprestado de Tekken? Mesmo que o pano de fundo das lutas seja o universo de Street Fighter, o crossover entre Capcom e Namco não se limitou a esse único eixo.Os famosos combos de Tekken estão presentes no jogo e são um dos elementos principais. Os agarrões e puxões, típicos da série da Namco também marcam presença e foram adaptados a todos os lutadores da série da Capcom.
Um dos elementos mais divertidos de Tekken também foi bem aproveitado no crossover: as lutas em dupla de Tekken Tag Tournament.



Pegando na mão dos jogadores casuais…
Por ser um jogo totalmente diferente para os fãs de ambas as franquias, Street Fighter X Tekken veio carregado de uma série de tutoriais, que vão desde os princípios dos jogos de luta às técnicas mais avançadas do título.


De uma forma geral, essa é uma adição necessária ao jogo. No entanto, os tutoriais podem se tornar chatos com o tempo e, ao menos que você não saiba de nada mesmo, eles podem ser bem cansativos.
O sistema é bastante funcional e consiste em atribuir uma quantidade de gemas a cada lutador. Durante as lutas essas gemas podem ser ativadas de acordo com requerimentos específicos, como um um combo de X hits. Ao serem ativadas, elas podem não só aumentar um atributo do lutador (velocidade, por exemplo), como podem ativar outras habilidades específicas.
Graças ao poder de customização e à necessidade de estratégias, essas gemas são um prato cheio para os jogadores mais aficionados. Mesmo assim, na prática, elas não são tão decisivas.
Ainda no âmbito das adições interessantes, encontramos um elemento chamado Pandora Box. Mas a técnica, que na verdade chama-se Pandora Mode, não tem muito a ver com o mito grego. Durante as lutas, o jogador poderá sacrificar um de seus lutadores para tornar o outro muito mais poderoso. O problema é que esse poder todo dura apenas cerca de dez segundos. Levando em conta que é necessário que apenas um dos lutadores do time seja derrotado para que se perca a luta, a técnica é bastante arriscada.




O multiplayer é muito divertido. É possível jogar com até mais três jogadores, no esquema de times. Durante o modo multiplayer, os jogadores podem optar por se revezarem, assim como ocorre no modo singleplayer, ou podem lutar os quatro ao mesmo tempo, gerando uma bagunça que é, no mínimo, divertida. A infraestrutura da Capcom também se mostrou bem consistente, apesar de uma lentidão aqui e ali.
Mas não custa nada lembrar as péssimas práticas da Capcom, que adora relançar o mesmo título várias vezes, em suas versões “Ultra” – ainda mais se esse título for da série Street Fighter. Não dá pra esquecer, também, que os DLCs do jogo já estão no disco – uma atitude no mínimo questionável – e de que a própria Capcom já declarou que não tem intenção de trazer personagens como Pac-Man e Mega Man para o Xbox 360, mesmo que eles também já estejam entre os arquivos não utilizados do disco.


De uma forma geral, essa é uma adição necessária ao jogo. No entanto, os tutoriais podem se tornar chatos com o tempo e, ao menos que você não saiba de nada mesmo, eles podem ser bem cansativos.
… e conquistando os jogadores hardcore com gemas
Outra novidade interessante no título é o sistema de Gems. Essas gemas são como upgrades que adicionam determinadas características a cada lutador e podem ser um fator crítico durante o multiplayer.
Graças ao poder de customização e à necessidade de estratégias, essas gemas são um prato cheio para os jogadores mais aficionados. Mesmo assim, na prática, elas não são tão decisivas.
Ainda no âmbito das adições interessantes, encontramos um elemento chamado Pandora Box. Mas a técnica, que na verdade chama-se Pandora Mode, não tem muito a ver com o mito grego. Durante as lutas, o jogador poderá sacrificar um de seus lutadores para tornar o outro muito mais poderoso. O problema é que esse poder todo dura apenas cerca de dez segundos. Levando em conta que é necessário que apenas um dos lutadores do time seja derrotado para que se perca a luta, a técnica é bastante arriscada.


Vale a pena?
Street Fighter X Tekken é um jogo quase sem defeitos. É incrível como a equipe da Capcom conseguiu construir um jogo que unisse duas franquias tão distintas sem que houvesse um desequilíbrio. Para os fãs dos jogos de luta, esse é mais um título indispensável.

O multiplayer é muito divertido. É possível jogar com até mais três jogadores, no esquema de times. Durante o modo multiplayer, os jogadores podem optar por se revezarem, assim como ocorre no modo singleplayer, ou podem lutar os quatro ao mesmo tempo, gerando uma bagunça que é, no mínimo, divertida. A infraestrutura da Capcom também se mostrou bem consistente, apesar de uma lentidão aqui e ali.
Mas não custa nada lembrar as péssimas práticas da Capcom, que adora relançar o mesmo título várias vezes, em suas versões “Ultra” – ainda mais se esse título for da série Street Fighter. Não dá pra esquecer, também, que os DLCs do jogo já estão no disco – uma atitude no mínimo questionável – e de que a própria Capcom já declarou que não tem intenção de trazer personagens como Pac-Man e Mega Man para o Xbox 360, mesmo que eles também já estejam entre os arquivos não utilizados do disco.
Prós
- O mesmo visual de Street Fighter IV, só que melhor;
- Um sistema de lutas em duplas funcional;
- Gemas e pandora box como ótimas adições;
- Foco nos casuais sem esquecer dos hardcore;
- Personagens balanceados.
Contras
- DLCs em disco e personagens que não serão desbloqueados no Xbox 360.
Street Fighter X Tekken – Xbox 360 – Nota Final: 9.0Gráficos: 9.5 | Som: 9.0 | Jogabilidade: 9.5 | Diversão: 9.0
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