Lançado em dezembro de 1987 no Japão, Phantasy Star só chegou ao nosso país em 1991. Nessa época, o Master System já contava com grande aceitação do público brasileiro, graças ao excelente trabalho realizado pela Tec Toy (hoje Tectoy) no mercado local. Dessa forma, o jogo foi responsável por introduzir grande parte dos jogadores tupiniquins daquele tempo ao gênero dos RPGs. Outro grande motivo para o sucesso do game por essas bandas foi justamente a tradução do jogo para o nosso idioma pela Tec Toy. É bem verdade que a qualidade do trabalho deixou a desejar, possuindo algumas falhas, muitas advindas da própria versão em inglês que não fez um serviço tão bom ao traduzir do japonês. Mesmo assim, não há como negar que a barreira do idioma é algo que atrapalha em jogos que muitos diálogos são essenciais para o desenrolar da jogatina, e qualquer ajuda nesse sentido era muito interessante, como ainda é.
Uma jornada por justiça
O jogo começa com um triste acontecimento. Alis, a protagonista da aventura, depara-se com o seu irmão Nero à beira da morte, na cidade onde vivem (Camineet, Palma), e escuta as suas últimas palavras, que revelam o responsável pela sua morte - o maligno Rei Lassic - e a existência de uma trama a ser desvendada sobre uma possível destruição mundial. Além disso, ele dá a primeira pista do que deve ser feito: procurar o guerreiro Odin, para juntar forças contra o mal. Diante do acontecido, Alis jura vingar o assassinato de seu irmão e parte em sua jornada.
Pena que a versão do VC não é em português
Apesar de o jogo começar em Palma, um planeta verde com muitas florestas, o Sistema solar de Algol contava ainda com mais dois mundos para serem explorados: Motavia, um local amarelo e desértico, e Dezoris, predominantemente branco e gélido, com muita neve. Todos os planetas contavam com monstros próprios - ainda que alguns aparecessem em mais de um deles - e características bem marcantes que os diferenciavam. Durante a aventura, era necessário viajar de um mundo para o outro através de espaçonaves, o que era bem curioso, já que se tratava de uma ambientação predominantemente medieval, mitológica e mágica. Mas essa mistura com a alta tecnologia (claramente inspirada em Star Wars), como naves, robôs e armas lasers, apesar de inusitada, foi uma adição que não atrapalhou em nada, diversificando ainda mais a história do game.
Paciência e estratégia
As lutas contra os inimigos eram feitas por turnos. Nada muito complexo. Na maior parte do tempo bastava usar o ataque para enfrentar os monstros comuns que apareciam durante a jornada - e como fazia falta uma opção de ataque automático. Depois de estar com os quatro membros da trupe heróica, era possível variar um pouco mais, na medida que cada um possuía características próprias. Odin, por exemplo, não podia usar magia, mas em compensação era o perito em armas, podendo usar algumas que Alis não conseguia, mais pesadas e poderosas; Noah era o feiticeiro do grupo, usando mais magia do que ataque físico; já Myau, o gato algoliano falante, era capaz de atacar, mas também contava com magias de cura importantes para ajudar a manter cheios os pontos de vida. Ao enfrentar os monstros mais poderosos era fundamental saber usar o que cada um tinha de melhor.
A beleza de Algol
Um dos grandes destaques de Phantasy Star estava nos belos gráficos, bem melhores do que os dos concorrentes. O cenário era diferente do que se via na época, pois além de contar com uma grande variação, com florestas, desertos e neve, não era completamente estático e podíamos, por exemplo, ver a água dos oceanos e as passarelas que ligavam as cidades moverem-se. Durante as batalhas o ambiente também era dinâmico e os monstros contavam com algum movimento para atacar, uns de forma rápida e outros tão lentos que mesmo que fossem bem mais fracos que os personagens não valia a pena engajar-se em uma luta, já que poderia demorar mais do que o necessário.Esse cenário todo era alterado ao entrar em uma caverna ou masmorra, pois a visão que era 2D em terceira pessoa passava para
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