Análise: Johnny Kung Fu (3DS)

De uns tempos para cá, uma onda de jogos retrô vem ganhando espaço no mercado de games. Esses jogos são lançados de várias formas diferentes, desde remakes de clássicos em HD até títulos inéditos que resgatam o estilo ímpar de sucessos de outrora. Johnny Kung Fu se encaixa na segunda categoria. Lançado no mês passado para o eShop do Nintendo 3DS, o game tenta misturar elementos de beat’em up, no melhor estilo Final Fight com minigames clássicos em telas LCD (tal como o Game & Watch, da Nintendo). Entretanto, será que apenas reunir dois estilos de sucesso em um só game é o bastante para que este título seja imperdível? Descubra agora!

Salve a donzela em perigo!

Johnny Kung Fu é um daqueles games simples. A namorada de Johnny é (misteriosamente) sequestrada por uma organização criminosa liderada pelo cruel (e ridículo) Mr. Wang. A donzela é levada para o topo de um prédio dominado pela gangue, e cabe ao Johnny a dura tarefa de subir até o último andar da torre e trazer sua namorada de volta. O simplório enredo é justificável, já que, sendo um tributo a games antigos, segue à risca as motivações de clássicos como Double Dragon.

O gameplay já é um pouco diferente: cada fase do jogo representa um andar do prédio, sendo que os desafios se revezam entre beat’em up clássico (seja contra alguns inimigos ou contra um chefe) e interessantes minigames que abraçam de vez o estilo retrô do título. Isso porque nesse tipo de desafio, o game funciona como jogos de Game & Watch, nos quais a movimentação é limitada pelas áreas em que há a “sombra” do personagem e os objetos seguem um caminho pré-definido. Esses estágios são a parte mais divertida do game, pois o jogador deve estudar os padrões da tela e criar uma estratégia para progredir para a próxima fase. Além disso, o jogador tem no máximo uma hora para salvar a garota, e, cada vez que Johnny morre, cinco minutos são tirados do contador.

O único problema da jogabilidade de Johnny Kung Fu é que ela é limitada. Nas fases ao estilo Game & Watch isso não é um problema; é uma característica inerente ao estilo proposto. Entretanto, nos estágios de pancadaria a falha se torna evidente: o cenário das lutas é pequeno e genérico; e Johnny possui pouquíssimos movimentos, de forma que os curtíssimos estágios se tornam chatos e enjoativos.

Simples, mas estiloso

O visual do game é bem interessante. O clima retrô das fases “Game & Watch” é muito divertido, e prenderá os jogadores com seu estilo único e bem executado. Os sons também são condizentes com o contexto geral dos estágios e cumprem seu papel. Os estágios em beat’em up não são tão bem executados quanto os outros, mas também possuem estilo e carisma o bastante para agradar os olhos do jogador. Além disso, o título conta com algumas animações simples que explicam a história. Nada muito relevante, mas, ainda assim, adições consistentes ao contexto do game.
              

Vale a pena?

Johnny Kung Fu é curto, simples e caro (o jogo sai por R$ 10,00 no eShop brasileiro), e, por isso, pode ser que não compense. Existem games com muito mais conteúdo disponíveis por preços menores na vitrine virtual da Nintendo; além disso, o estilo de nicho pode não agradar a todos. Já para os aficionados por games retrô ou nostálgicos de plantão, o game pode agradar bastante.

Prós:

• Design Criativo;
• Gráficos e som interessantes;
• Fases ao estilo “Game & Watch” muito bem executadas.

Contras:

• Simplicidade pode frustrar alguns;
• Gameplay beat’em up limitado;
• Pouco conteúdo.

Johnny Kung Fu – Nintendo 3DS – Nota Final 7,0

Gráficos: 8| Som: 7| Jogabilidade: 6,5| Diversão: 7,5