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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Retrospectiva: O ano de 2012 da Nintendo


Retrospectiva: O ano de 2012 da Nintendo


Mais um ano está terminando e é tempo de revisarmos tudo que aconteceu no universo da Nintendo em 2012. De lançamentos de novos consoles a renascimento de antigas franquias, passando por repaginações de aparelhos, atrasos, reestruturações internas e promessas para o futuro, os últimos 364 dias foram bastante movimentados.

Para começar, que tal lembrarmos dos personagens que marcaram o ano? Após mais de duas décadas de reclusão, o anjo Pit, protagonista de Kid Icarus, pôde finalmente voltar a voar em uma plataforma da Nintendo, dessa vez em 3D no excelente jogo Kid Icarus: Uprising, lançado em março, deixando muita gente com as mãos doendo por causa do controle de mira com a stylus do 3DS, motivando a inclusão de um suporte para o portátil na caixa do game. Não dá para esquecer também dos AR Cards de personagens e armas que viraram item de colecionador.


Se ano passado foi a comemoração de 25 anos do Link, de The Legend of Zelda, e da Samus, de Metroid (ou falta de comemoração, nesse caso), dessa vez quem assoprou as velas foi Kirby, que completou vinte anos de existência rosada e ganhou uma coletânea de seis jogos da franquia para Wii. Os monstros de bolso também não ficaram de fora, o DS recebeu Pokémon Black 2 e Pokémon White 2, quebrando o ciclo de lançamentos da série ao criar duas continuações diretas.

No Brasil, os pokémon também marcaram presença na promoção do McDonald's que ofereceu oito opções de bonecos para quem pedisse um McLanche Feliz.
Mario apareceu em nada menos que cinco títulos, incluindo um novo Paper Mario e dois lançamentos da série New Super Mario Bros., o que, para muitos, foi visto com maus olhos por causar uma saturação no gênero. Em contrapartida, o novo Animal Crossing para 3DS revelou-se um enorme sucesso no Japão, tornando-se o primeiro game a atingir a marca de 2 milhões de cópias vendidas em terras nipônicas.

Para os fãs que estavam ansiosos pela possibilidade de jogar alguns excelentes RPGs, Xenoblade Chronicles e The Last Story, inicialmente exclusivos do Japão, chegaram ao Ocidente para dar um último fôlego ao Wii, mostrando que a manifestação de jogadores é sim capaz de influenciar os planos das empresas. Mas nem tudo saiu como planejado, diversos games previstos para este ano foram adiados, inclusive Lugi's Mansion Dark Moon e o lançamento ocidental do novo Fire Emblem, ambos para 3DS.
Por falar no portátil da Nintendo, ele parece ter espantado o mal começo, recebeu diversos jogos e mantém níveis saudáveis de venda, embora ainda deixem a desejar no mercado norte-americano. Uma grande novidade, literalmente, foi aversão XL, que aumentou em 90% o tamanho da tela e adicionou algumas melhorias como antireflexo. A polêmica ficou por conta da ausência do segundo analógico, que ainda precisa ser comprado separadamente.

Quem também ganhou uma repaginação foi o Wii, com o Wii Mini, uma versão vermelha e preta de 99 dólares sem a retrocompatibilidade com jogos e acessórios de GameCube e, estranhamente, sem capacidade de conexão com a internet, nem mesmo por cabo ethernet. É a última chance para quem ainda não adquiriu o aparelho de sétima geração da Nintendo.

O ano também foi de relembrar uma das mentes mais importantes e geniais que já passaram pela empresa. Gunpei Yokoi, pai da Ultra Hand, do Game & Watch, do D-Pad, das séries Kid Icarus e Metroid, do mal sucedido Virtual Boy e principalmente lembrado por ser o criador do Game Boy, deixou seus planos inacabados 15 anos atrás, ao envolver-se num acidente de trânsito.

Quem não ficou muito feliz com o ano que está acabando foi Masahiro Sakurai, criador do Kirby e diretor da série Super Smash Bros. e de Kid Icarus: Uprising. O disco rígido do PlayStation 3 do Sakurai morreu repentinamente, levando consigo cerca de 18 anos de saves acumulados desde a época do primeiro console da Sony.

Houve também uma grande despedida. Após 24 anos a famosa revista Nintendo Power chegou ao fim esse mês, com uma emocionante capa homenageando a sua primeira edição.


Em 2012, mudanças ocorreram na direção da Nintendo, numa prévia da grande reestruturação interna pela qual a companhia passará ano que vem. A mais significativa delas foi a saída de Shigeru Miyamoto, criador de franquias como Mario, Zelda e Pikmin, do EAD (Enterteinment Analysis and Development), maior divisão interna de desenvolvimento da empresa, onde ocupava o cargo chefe há anos. Miyamoto deixa a vaga para profissionais experientes vindos de outras companhias, como Square Enix, Konami e Sega, e se ocupará de novos projetos menores e criativos. Quem assumirá a chefia do EAD agora é Takashi Tezuka.

Já que estamos falando do Miyamoto, não podemos esquecer que em outubro ele recebeu o tradicional prêmio espanhol Príncipe das Astúrias, na categoria Comunicações e Humanidades, pelas suas criações.

Lego Iwata apresentando um Nintendo Direct
A Nintendo também consolidou o seu novo canal de comunicação com o seu público: o Nintendo Direct. Foram vários ao longo do ano, sobre diversos assuntos, da revelação do 3DS XL a anúncios de novos jogos. Por outro lado, a conferência da E3 deixou muito a desejar, o que precisou ser redimido após a feira.

Mas é claro que o grande destaque de 2012 da Nintendo ficou para o final do ano: o lançamento do Wii U. Com seu novo console de mesa, a Big N finalmente entrou no mundo dos gráficos em alta definição, com o adicional do GamePad e todas as possibilidades que uma segunda tela pode trazer. Além disso, temos pela primeira vez jogos sendo vendidos em plataformas Nintendo tanto em forma física quanto digital (com o mesmo preço, o que atraiu várias críticas) e a estreia dos DLCs em seus games.


O foco na interação online pode ser percebido através do Miiverse e das novas políticas do eShop, passos importantes para se firmar no mundo conectado. A busca por apoio de thirdies também se manifestou através de alguns jogos de lançamento, como Assassin's Creed IIIMass Effect 3 e ZombiU, que foi bem recebido na Europa mas em geral rejeitado pela imprensa norte-americana. Outros títulos são promessas para 2013, como Rayman Legends e Bayonetta 2, ambos exclusivos, o que gerou grande surpresa.

Mesmo tendo tido uma recepção inicial boa, o Wii U ainda precisa se firmar. Infelizmente nem tudo correu como o planejado, caso da invasão do Miiverse, que pode até mesmo ter revelado uma lista de lançamentos, dos quais se destaca um novo título do Yoshi, e a grande atualização obrigatória que desagradou muita gente. O tempo de carregamento de menus também está um pouco alto, pontos que a Nintendo precisará polir ao longo dos próximos meses. Mas talvez o principal desafio seja manter o suporte de outras empresas, já que vários dos grandes títulos de 2013, como GTA VTomb Raider e Bioshock Infinite não possuem lançamento previsto para o novo console de duas telas.

Para o Brasil, contudo, o ano de lançamento do Wii U será 2013. Por falta de disponibilidade o console só chegará por aqui no primeiro semestre do ano que está iniciando. É esperar para ver.

2012 em jogos


DS

Pokémon Conquest
Pokémon Black 2 & Pokémon White 2

3DS

Kid Icarus: Uprising
Spirit Camera: The Cursed Memoir
Mario Tennis Open
Culdcept (apenas no Japão)
Calchobit (apenas no Japão)
New Super Mario Bros. 2
Freakyforms Deluxe: Your Creations, Alive!
Art Academy: Lessons for Everyone!
Crosswords Plus
Style Savvy: Trendsetters
Paper Mario: Sticker Star

3DS eShop

Sakura Samurai: Art of the Sword
3D Classics: Kid Icarus
Dillon's Rolling Western
Ketzal's Corridors
Pokémon Dream Radar
Sparkle Snapshots 3D
Pokédex 3D Pro
Crashmo
Fluidity: Spin Cycle

Wii

Rhythm Heaven Fever
PokéPark 2: Wonders Beyond
Mario Party 9
Kiki Trick (apenas no Japão)
Xenoblade Chronicles
New Play Control! Pikmin 2
Kirby's Dream Collection
Kirby's Dream Collection: Special Edition

Wii U

New Super Mario Bros. U
Nintendo Land
SiNG Party

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